Nº de acessos

terça-feira, 21 de abril de 2015

CHACINA DE POÇÃO: Polícia Civil conclui inquérito policial e Avó da criança pagou 45 mil pela morte dos Conselheiros Tutelares.


 o Dr. Erick Lessa esteve a frente de toda situação.
oficiala de justiça Bernadete de Lourdes Britto Siqueira Rocha (MANDANTE DO CRIME)
Égon Augusto Nunes de Oliveira, de 27 anos (executor)
Orivaldo (executor)
advogado José Vicente(Participante)
Welliton Silvestre (executor)

Entenda melhor o caso:


Ednaldo (participante)
Léo de Coca (participante)

Pessoas e veículos envolvidos nesse caso:




Através de uma investigação inserida no plano de ação operacional desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social, no âmbito do Pacto Pela Vida, com o objetivo de identificar, localizar e prender as pessoas envolvidas na chacina ocorrida no dia 06 de fevereiro deste ano, no sítio Cafundó em Poção, onde foram vítimas os conselheiros tutelares Lindemberg Vasconcelos, de 54 anos; Carmem Lúcia Silva, de 38 anos e Daniel Farias, de 32 anos, alem da idosa Ana Rita Venâncio, de 62 anos, foi apresentado na tarde desta segunda-feira (20), na sede da Dinter-1 em Caruaru, o resultado da Operação Tutela, com a conclusão do inquérito que investigou a ação criminosa que teve a participação de 7 pessoas que articularam e mataram as vítimas.

De acordo com as investigações a mandante do crime foi o oficiala de justiça Bernadete de Lourdes Britto Siqueira Rocha de 52 anos, que já responde a um processo pela morte da ex-nora e pagou a importância de R$ 45 mil pela chacina e para isso foi instruída pelo advogado José Vicente pereira Cardoso da Silva, de 59 anos, que é ex-diretor do presídio de Arcoverde e apontado como agenciador e articulador do crime.

Os executores da chacina foram Égon Augusto Nunes de Oliveira, de 27 anos, que já foi preso acusado de ter praticado  três homicídios e um porte de arma; Wellington Silvestre dos Santos, vulgo Chaves ou Chave de Cadeia, de 27 anos, que já foi preso por ter praticado 4 homicídios, formação de quadrilha e associação para o tráfico de drogas e uma tentativa de homicídio; Orivaldo Gode de Oliveira, vulgo Zeto, de 49 anos, que é pai de Égon e já respondeu por 3 portes ilegais de arma de fogo e Ednaldo Afonso da Silva, de 44 anos, que nunca foi preso. Já o agenciador intermediário foi Leandro José da Silva, vulgo Léo ou Léo de Coca, de 25 anos, que já respondeu por três homicídios, duas tentativas de homicídio, receptação, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma.

De acordo com o Delegado Dr. Erick Lessa, que preside o inquérito, Bernadete exercia de fato a guarda de sua neta que sobreviveu ao evento criminoso, cuja guarda era do pai, que é filho de Bernadete, mantendo assim, através dele, as disputas judiciais com a família materna da menor. A disputa judicial ao longo do tempo pela guarda da criança foi tomando proporções maiores ao longo do tempo e ensejando imensa intensa disputa entre as famílias, com a ocorrência de várias contendas nos dias de visitas, havendo ameaças e até mesmo agressões pelo marido e filho de Ana Rita, em desfavor de Bernadete e desta contra aqueles. No entanto no dia do crime apenas a avó da criança, Ana Rita Venâncio, estava no interior do veículo que foi abordado pelos assassinos.

Segundo as investigações, em novembro do ano passado Bernadete alienou a casa da família no intuito de conseguir recursos financeiros para pagar a execução do crime, em janeiro deste ano entrou em contato com o advogado José Vicente, que foi o Diretor da Penitenciária brito Alves em Arcoverde e ambos foram ao presídio onde fizeram o primeiro contato com o detento Léo visando a contratação dos executores, no dia 27 do mesmo mês fez o primeiro contato com o Égon, no dia seguinte Égon passou a interagir com o José Vicente. No dia 02 de fevereiro se encontraram em Arcoverde Bernadete, Égon e Zé Vicente, provavelmente para acertar os detalhes da execução. No dia 5 de fevereiro Chaves, Égon e Orinaldo chegaram a Belo Jardim, ode dormiram e no dia seguinte, juntamente com o Edinaldo, que é cunhado de Chaves, foram a Poção, onde usando um carro e uma moto montaram um bloqueio e mataram as vítimas.

Com a repercussão do caso, o Governador de Pernambuco, juntamente com o Secretário de Defesa Social do estado, designaram que o delegado Dr. Erick Lessa, assumisse as investigações e juntamente a sua equipe ele conseguiu elucidar a chacina e a primeira prisão ocorreu no dia 27 de fevereiro na cidade de Arcoverde, quando prenderam Bernadete, um dia depois prenderam um dos executores o Égon, que foi preso em Abaetetuba, no Pará e no dia 24 de março foi preso o segundo executor, o Orivaldo, em Serra Talhada. No dia 7 de abril foi preso o terceiro executor Ednaldo e o Léo, que agenciou a chacina e no dia 11 do mesmo mês foi preso o articulador do crime, José Vicente. Ao todo seis pessoas estão presas, mas a polícia está tentando localizar um dos executores, Wellington Silvestre dos Santos, que está foragido. 

A investigação concluiu que as ordens iniciais da mandante do crime, a Bernadete, era pra matar os ocupantes de um Gol branco, pertencente a João Batista, que é parente da mãe da menina e através de uma ligação telefônica ela falou para os executores que as vítimas estariam no carro do Conselho Tutelar, que vinha de Arcoverde com a avó materna, a criança e os conselheiros tutelares e que todos fossem executados com exceção de sua neta.
Após a execução do crime os executores Égon, Orivaldo e Chaves fugiram para outros estados do Norte e Nordeste do País e foram passar o carnaval em Pio XII no Maranhão e foi encontrada no celular de Égon uma filmagem na qual ele se abana com cédulas de 50 reais, que a polícia acredita que foi parte do pagamento pela execução do crime. 

Bernadete, já responde na justiça pelo homicídio da ex-nora Jucy Venâncio de Brito. Que foi morta por envenenamento há 3 anos e é a mãe da menina que foi o pivô da aresta entre as duas famílias, que assim como os demais acusados foi indiciada por quatro homicídios duplamente qualificados e uma tentativa de homicídio. Na casa dela foram encontrados uma pistola, documentos da mãe da criança, alguns chips de celulares e um organograma no qual continha familiares da mãe de sua neta, com o irmão de Égon foi encontrado um revólver e se condenados os acusados devem pegar até 210 anos de prisão.

Bernadete está presa na Colônia Penal Feminina de Buíque; Égon está preso na Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru; Ednaldo e Orivaldo estão presos no Presídio Desembargador Augusto Duque em Pesqueira; Léo de Coca  está recolhido no Presídio Brito Alves de Arcoverde e o advogado Zé Vicente está no Cotel, na região metropolitana do Recife, já Wellington está foragido.

Do: Patrulha do Agreste/fonte: Adielson Galvão

Nenhum comentário:

Postar um comentário